Policiais civis da Divisão de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, com o apoio de guardas civis municipais de Santa Bárbara D’Oeste, prenderam uma mulher trans de 24 anos, às 11h30 da manhã deste domingo (18), em Santa Bárbara D’Oeste. A suspeita teve a prisão temporária solicitada pela Polícia Civil após investigações apontarem o possível envolvimento dela no sequestro e morte de Jonas Lucas Alves Dias,ganhador da loteria, de 55 anos, em Hortolândia, na última quarta-feira (14). O caso ganhou repercussão nacional.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, os agentes cumpriram o mandado de prisão expedido contra ela pela Justiça e a mulher trans foi conduzida à carceragem da Delegacia Participativa de Piracicaba, onde permanece detida.
“As investigações prosseguem em andamento pela Deic de Piracicaba para a localização e detenção de outros dois suspeitos já identificados, de 22 e 38 anos”, informa a SSP. Outro envolvido no crime, de 48 anos, já havia sido preso na manhã de sábado (17) pela Polícia Civil.
O assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, 55 anos, premiado com R$ 47 milhões na Mega-Sena em 2020, foi motivado por dinheiro, segundo apuração inicial da polícia. Dias vivia no Jardim Rosolém, em Hortolândia, onde todos sabiam que ele tinha grande soma de dinheiro, e manteve os mesmos hábitos de antes do prêmio. Ainda não se sabe ainda se há alguma razão adicional para o crime.
Jonas chegou a ser socorrido com vida quando estava agonizando às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no Jardim São Pedro, em Hortolândia. Atendido por uma ambulância da AutoBAn, concessionária que administra a rodovia, ele foi levado a um hospital em Sumaré, mas não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos à polícia e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. O seu cartão de débito foi levado pelos suspeitos. Uma das tentativas de saque de sua conta foi de R$ 3 milhões.
O corpo do ganhador da Mega-Sena morto em Hortolândia, Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi enterrado na última sexta-feira (16) no Cemitério da Saudade em Sumaré.
Durante as investigações, os agentes colheram depoimentos de testemunhas, cumpriram dois mandados de busca e apreensão nas casas dos proprietários de dois automóveis (Fiesta preto e uma caminhonete prata) e analisaram as imagens das câmeras de segurança que registraram a ação dos criminosos. Os agentes solicitaram ainda a quebra dos sigilos telefônico e bancário.
Neste trabalho os policiais identificaram ao menos quatro envolvidos, de 22, 24, 38 e 48 anos, dois já se encontram presos.
Na investigação foi verificado que aproximadamente R$ 20 mil foram retirados da conta de Jonas por meio de transferências via Pix e saques em uma agência bancária. O investigado de 22 anos, que era dono da caminhonete, teria ido até o banco para configurar um aplicativo em um celular e efetuar as transações para a conta de uma mulher, de 24 anos.
O homem de 38 anos seria o proprietário do carro e não possuía antecedentes criminais. A Polícia Civil realiza buscas para localizar os outros dois identificados que teriam participaram do crime. Os envolvidos não eram conhecidos da vítima, mas sabiam da condição social dela.
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“A população pode auxiliar o trabalho policial por meio de denúncias do paradeiro dos autores. As denúncias podem ser feitas por meio dos telefones de emergência 190 ou, se preferirem, o disque denúncia, por meio do telefone 181”, solicita a SSP.