No artigo de hoje decidi abordar esse tema: problema. Qual seria uma definição plausível para o mesmo? Qual seria o conceito de problema? É sobre isso que pretendo refletir e gostaria muito, se não lhe for um problema, de ter sua companhia; posso contar com ela? Ótimo, então vamos lá.
O que você entende por problema? Haveria uma única definição? Haveria dele variáveis? Nichos de impactos? Graus de importância? Seria ele social e/ou particular? Político e/ou emocional, quiçá até mesmo de saúde física? É sinônimo de imprevisto? Como você o definiria?
Em sua vida haveria algum problema? Mais de um? Pois bem, eu enquanto professor de filosofia que sou, estou longe de enquadrar tal palavra num conceito simplista ou em uma definição acabada e engessada.
Minha proposta é refletir e estimular você, minha querida leitora, meu caro leitor, a abrir a mente, expandi-la para que novas perspectivas possam ser edificadas a partir dessa atividade.
Problema para a filosofia é, em geral qualquer situação que inclua a possibilidade de uma alternativa, ele está constituído por questões abertas que podem desencadear uma variedade de respostas e essas respostas nunca se apresentam como sendo definitivas, mas sendo passíveis de mudanças contínuas e inacabadas.
René Descartes, um grande nome da filosofia francesa expressou que: “Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis!”, aqui já percebemos que para ele há certa hierarquia no conceito dos problemas que à nós se apresentam.
Para Benjamin Franklin, grande nome da política americana: “Viver é enfrentar um problema atrás do outro. O modo como você o encara é que faz a diferença”, aqui também podemos perceber que no ponto de vista de Franklin o problema é um fato comum à todos nós, mas também à nós é delegada a responsabilidade de interpretá-los.
Albert Camus, grande nome da filosofia argelina expõe: “Não quero ser um gênio… Já tenho problemas o suficiente ao tentar ser um homem”. Aqui vemos que em nossa geração há uma filosofia que a cada dia mais nos está sendo imposta que é a filosofia do sucesso, de ser uma pessoa vitoriosa, que obtém conquistas, êxitos, mas segundo o filósofo coreano Byung-Chul Han isso nos traz cansaço!
Expus alguns autores com suas definições para entendermos que não há uma definição simples, única e acabada. Almejo concluir esse artigo parafraseando Jesus de Nazaré: “Quem não tem problema que atire a primeira pedra!”, o ponto que quero tocar aqui é: até que ponto o seu problema lhe limita? Até que ponto ele lhe impede de progredir? Até que ponto vale a pena tentar ‘desaparecer’ com ele, eliminá-lo?
E se você o aceitasse, o acolhesse, com um novo ponto de vista (aqui uso um problema de saúde como exemplo, um daqueles que a ciência e a medicina não encontram alternativas ou soluções). Faz sentido para você gastar energia em tentar dele fugir, ou contorná-lo, podendo inclusive acolhê-lo e aceitá-lo?! O que acha disso?
Reflita sobre, você tem problemas íntimos, seus? Como os enxerga? Como espera lidar com eles de modo diferente para que eles lhe entreguem uma devolutiva diferente e menos impactante negativamente falando?
Obrigado pela companhia e espero que, a partir dessa reflexão, eu não tenha lhe trazido mais problemas… Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial