Os serviços por assinatura vêm se popularizando cada vez mais no Brasil nos últimos anos. Empresas especializadas oferecem celulares, computadores, carros e serviços para casa, entre diversos outros itens, mediante pagamentos mensais e nada mais. Estamos em um momento em que vemos os planos de assinatura movimentarem o mercado de bens de consumo, proporcionando ao usuário acesso, variedade, comodidade e competitividade de preço em determinados produtos ou bens.
Quem já passou pelo desconforto de adquirir um celular com a melhor configuração, valor em torno de R$ 10 mil e a expectativa de que todas as preocupações acabaram e, de repente, o inusitado acontece: o aparelho vem com defeito de fabricação e permanece durante dias na assistência autorizada para substituição ou conserto? E o que seria uma excelente solução se transforma em um pesadelo.
Um levantamento feito pela consultoria GfK aponta que o preço de aparelhos celulares novos subiu, em média, 16% entre janeiro e outubro de 2021. O cenário econômico do País e o comportamento das pessoas que buscam a experiência – e não a posse – indicam uma nova tendência: o serviço por assinatura. Ter em mãos um aparelho celular moderno, com seguro e custo de manutenção inclusos, além de poder substituí-lo por uma versão de última geração a cada um ou dois anos, é uma opção que agrada e cabe no bolso de muitas pessoas.
É possível ter em mãos um celular novinho por meio de uma assinatura anual, cujo valor corresponde a 50% do valor do smartphone comprado em loja.
Depois de um ano, o cliente pode renovar a assinatura substituindo-o por um aparelho novo ou comprar o mesmo celular alugado por até 40% do valor de lançamento. No plano, é incluso o seguro contra danos físicos, subtração (roubo/furto), danos elétricos, danos por água/líquidos e um celular reserva em caso de imprevistos.
O carro por assinatura também segue essa tendência. Com preços altos, falta de matéria-prima e o mercado abalado com a pandemia, cada vez mais pessoas se tornam usuárias ao invés de proprietárias de um carro. Na América do Norte e na Europa, estima-se que, dentro de quatro anos, 1 a cada 10 veículos zero quilômetro vendidos será utilizado em serviços de assinatura.
Tanto no caso dos celulares quanto no de carros, ao pagar mensalidades que cobrem custos como manutenção, impostos e depreciações, é possível ter mais controle sobre o orçamento e não ter surpresas com gastos extras e imprevistos.
Além de bens de consumo, a assinatura chega a outros setores como o da saúde. Há no mercado assinatura para serviços que incluem atendimentos por telemedicina e descontos significativos em consultas, exames, terapias e medicamentos.
O cliente pode ter acesso a esses serviços por um preço acessível e sem período de carência. Não se trata de seguro ou plano de saúde, mas sim de um formato criado para facilitar o acesso das pessoas aos serviços médicos de qualidade.
A assinatura também é um caminho para garantir consertos elétricos, a eletrodomésticos, desentupimentos e chaveiros. É possível ainda ter assistência para reparo de vazamentos com causas aparentes, danos ocasionais ou ruptura súbita e acidental de tubulações, vazamentos de torneiras, sifões, cuba, conexões de chuveiros, entre outros serviços de hidráulica.
Enfim, há, hoje, uma infinidade de serviços por assinatura. Para escolher entre comprar ou assinar determinado serviço ou bem, é preciso antes entender quais são as suas necessidades, expectativas e a viabilidade financeira para concretizar o sonho ou desejo. Lembre-se: o importante é você fechar sempre “no azul” a conta no fim do mês.
Walmando Fernandes, administrador de empresas e MBA em gestão empresarial, é Head da Porto Seguro na região de Campinas