Você permite que lhe as pessoas lhe façam o bem? Permite que elas lhe elogiem? Que elas lhe presenteiem? Que elas tenham posturas e ações que lhe façam se sentir melhor em seu cotidiano? É com essa indagação que inicio esse artigo e gostaria muito da sua companhia minha querida leitora, meu caro leitor, você aceita me acompanhar em tal diálogo? Ótimo, então mãos à obra.
Estamos adentrando em uma geração mais emotiva, talvez frágil como sugeriu um dos grandes nomes da sociologia, o polonês Bauman.
Este pensador defende que estamos em uma “sociedade líquida”, carente, frágil, dentre tantos outros adjetivos nessa linha de raciocínio. Partindo de uma história que ouvi certa vez onde uma pessoa de grande renome foi orientada a esconder sua identidade de celebridade e sentar-se no chão numa cidade humilde em outro país com uma caneca para pedir esmola, moedas, essa história é muito interessante por conta do desfecho.
Tal celebridade se perguntava: “Mas por que esconder minha imagem e sentar tal como mendigo para esperar a boa ação de pessoas aleatória (no caso, esperando moedas…)? A resposta que essa pessoa recebeu foi à seguinte: “As pessoas estão cada vez mais emotivas, frágeis, sendo assim, elas precisam exercer a caridade, elas precisam fazer o bem, pois assim elas se sentem satisfeitas, aliviadas, com a sensação de dever cumprido deitando na cama e dormindo em paz, por menor que seja o gesto, aceite recebê-lo!”.
Concorda com tal ideia? Parece-me bem interessante, pois ao ter ciência de tal história e de tal teoria resolvi me atentar a isso e vivenciar nos “dois lados da moeda”. Já exerci o bem, com práticas mínimas e me senti bem, de forma anônima e já permiti que fizessem o bem à mim, mesmo que eu nem precisasse de suposta ajuda, ação e afins…
A sensação é muito boa, mas enfatizo: essa é a minha conclusão a partir das experiências que tive e vivenciei. Convido você caríssima leitora; caríssimo leitor a experimentar tal proposta de vida, é apenas um convite…
Penso que as pessoas precisam exercer boas práticas, fazer o bem, seja com gestos, seja com palavras. Convido você a se abrir e aceitar seja lá como tal gesto expressivo vier até você, receba tudo isso mesmo achando algo desnecessário, mas receba-o!
Você certamente estará deixando tal pessoa mais leve, principalmente se tal pessoa teve um dia difícil, estressante, com cobranças, más notícias, sentindo-se inútil, beirando a depressão, reflita sobre isso, talvez um simples gesto que você permite ser feito para com você não lhe traga grandes benefícios ou tenha enorme significado, mas para tal pessoa que o praticou possa vir a ser um anestésico em meio a turbulência e contingências da vida. Fica o convite. Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial