A crise financeira vivenciada no Brasil e no mundo pós-pandemia afetou o mercado de maneira significativa, contudo, nos últimos dois anos, o mercado imobiliário tem se fortalecido, contrariando a expectativa de muitos especialistas do setor.
Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), “O número de vendas de imóveis no Brasil cresceu 14,4% nos sete primeiros meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado.”
E completa: “De acordo com o indicador ABRAINC-FIPE, o segmento de habitações populares impulsionou este aumento ao registrar uma alta de 18,3% durante o período avaliado e totalizando R$ 11,9 bilhões em transações.”
O principal indicador de crescimento foi a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
No dia 13 de julho do corrente ano, o presidente do Brasil, sancionou novas regras para o referido programa, com redução da taxa de juros, sendo que a meta é entregar 2 milhões de imóveis até 2026, onde os imóveis poderão custar até 350 mil e os juros serão de 4% a 8,16% ao ano.
Analisando o mercado, fora do programa, na região de Campinas, foram lançados novos empreendimentos em 2022, totalizando 8.366 unidades, conforme os dados da “Pesquisa do Mercado Imobiliário”, do SECOVI (o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais).
A melhora na taxa de desemprego impacta na compra de imóveis, estimulando os lançamentos e consequentemente, as vendas.
O IBGE divulgou que a taxa de desemprego no primeiro semestre de 2023 ficou em 7,9%, assim: “É o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%.”
O setor da construção civil gerou, para Campinas, mais de 8 mil empregos formais, conforme informa o Hora Campinas, em matéria publicada no dia 22 de outubro de 2023 .
Fontes:
Renato Ferraz Sampaio Savy é Advogado Imobiliário e Condominial. Mestre em Direitos Difusos e Coletivos. Professor Universitário. E-mail: [email protected]
Site: www.ferrazsampaio.adv.br