É preciso analisar com cautela as consequências e lutar pela responsabilidade coletiva. Desde o início da pandemia de Covid-19, e agora com a variante Ômicron, penso em vacinas. Sim, acredito muito que vacinas salvam. Se olharmos para a história de outras pandemias como a peste negra ou a gripe espanhola, vamos ver que a humanidade nunca foi tão capaz de lutar contra um vírus como agora.
Em breve, vou tomar a quarta dose e, quando possível, a quinta e quantas mais forem necessárias, senão, não saio de casa. Meus amigos me chamam de babaca ou medroso, e eu concordo: o medo foi sempre meu melhor amigo. Na verdade, um companheiro que me faz ser mais cauteloso.
Neste Carnaval, farei dois anos de clausura, e mesmo depois da quarta ou a quinta que logo virá, tomarei precauções. Pode ser excesso de medo, mas é assim que eu sou. Sempre fui medroso e, aos 75, prefiro não brincar com coisas desconhecidas.
Na vida, sempre temi as consequências e não seria agora que deixaria de temer. E este será o tema desta reflexão que quero compartilhar.
O clima está nos punindo. Como diz o ditado, ele nunca reclama, mas se vinga. E muitas vidas pagam esse preço. Tragédias como as de Minas Gerais e de Petrópolis, no Rio de Janeiro, deixam marcas profundas e extremamente doloridas na humanidade.
A falta de educação para todos, também nunca grita, mas os ‘Nem, Nem, Nem’ (Nem estudam, Nem Trabalham e Nem estão procurando emprego) atacam de muitas formas. Como estamos olhando para eles? E o que fazemos?
A corrupção nunca foi verdade, como dizem os réus, mas a conta vem com vários governos desonestos e empresários mentirosos. Sem contar as barbáries no desmatamento e rompimento de barragens.
Caros leitores, paro por aqui, para não enjoá-los ou deixá-los de estômago revolto. E aí, me pergunto: como não posso ter medo se a barbárie me envolve?
Pois bem, medo tenho, mas continuo lutando pela nossa responsabilidade coletiva e pelas ideias que acredito serem democráticas, boas para todos e transparentes. Espero somente parar quando morrer e, mesmo com medo, não nego que tenho muito a agradecer pela minha vida, pelos muitos homens e mulheres que são íntegros e salvam o nosso Brasil.
Para tanto, adorei tomar nossas vacinas do Butantan e será com elas que me tornarei um viciado em vacinas, como sou desde criança.
E com a minha caderneta completa desde menino, meu verdadeiro passaporte internacional me ajudará a não colocar nem a mim e nem o outro em risco.
Meu maior medo é ser culpado de contaminar alguém com as minhas fraquezas. Enquanto sociedade, precisamos olhar para o que fazemos ou não, e para as consequências. Vamos seguir as ordens médicas e espalhar essa boa nova. Eu aguardo ansiosamente que venham as próximas doses de vacina. E você?
Luis Norberto Pascoal é empresário, empreendedor e incentivador de projetos ligados à educação e à sustentabilidade. A Fundação Educar Dpaschoal é um dos pilares de seu trabalho voltado ao desenvolvimento humano e social