Os megaeventos que marcaram a abertura de Olimpíadas passadas passarão longe do que está previsto para a cerimônia que dá a largada aos Jogos Olímpicos do Japão, nesta sexta-feira (23), a partir das 8h. Os organizadores prometem um evento simples, compacto e adequado à pandemia. A ausência de público será algo inédito na história olímpica da Era Moderna, iniciada em Atenas/1896. O Estádio Olímpico de Tóquio, com capacidade para 68 mil espectadores, receberá apenas alguns convidados, patrocinadores, políticos e a imprensa.
O Brasil participará da cerimônia representado pelo número mínimo exigido de atletas e oficiais: quatro pessoas. Os porta-bandeiras Bruno Rezende (voleibol) e Ketleyn Quadros (judô) serão acompanhados pelo Chefe de Missão Marco La Porta e por mais um oficial administrativo.
A decisão foi tomada levando-se em consideração a segurança dos atletas brasileiros em cenário de pandemia, minimizando riscos de contaminação e contato próximo, zelando assim pela saúde de todos os integrantes do Time Brasil.
Na véspera do evento de abertura, ganhou destaque a demissão do diretor artístico da cerimônia, Kentaro Kobayashi, por uma “piada” feita há mais de duas décadas sobre o Holocausto. Nesta quinta-feira, foi divulgado um vídeo de 1988 em que ele aparece fazendo piada sobre o genocídio de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Kentaro Kobayashi preparou para esta sexta-feira (23) uma cerimônia sóbria, focada em mostrar as tradições japonesas e história do país. Como esclareceu Marco Balich, conselheiro sênior dos produtores executivos das cerimônias das Olimpíadas, “será compacta e sóbria”.